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Caminhos para o aumento da produtividade: propostas liberais

Pilhas de moedas organizadas em escada representam o crescimento da produtividade com base em reformas econômicas

Série: A Armadilha da Produtividade no Brasil – Parte 7

Introdução
Diagnosticar o problema é apenas o começo. A baixa produtividade brasileira tem raízes profundas — mas também pode ser enfrentada com clareza, coragem e responsabilidade. Este último artigo da série propõe caminhos concretos para romper o ciclo de estagnação, com base em uma agenda liberal voltada à eficiência, liberdade econômica e competição real.

Não se trata de fórmulas mágicas, e sim de escolhas estruturais. As mesmas que países emergentes como Vietnã, Chile, Estônia e Coreia do Sul fizeram — e colheram os frutos.


1. Abertura comercial estratégica

O Brasil ainda opera como uma ilha isolada, com tarifas elevadas, barreiras não-tarifárias e um mercado interno artificialmente protegido. O resultado é uma indústria acomodada, com baixa inovação e produtos caros.

Abrir a economia ao mundo — com acordos comerciais transparentes, redução tarifária gradual e integração a cadeias globais — força a competitividade, estimula ganhos de escala e expande o acesso a tecnologias.

Segundo a FecomercioSP, a abertura comercial é também uma ferramenta para combater a inflação estrutural, ao baratear insumos e ampliar a concorrência.


2. Reforma tributária de verdade

Mais do que simplificar impostos, é preciso reduzir a carga sobre quem produz. O sistema tributário brasileiro penaliza o investimento, encarece a folha de pagamento e incentiva a informalidade.

Uma reforma eficiente deve:

  • Unificar tributos sobre consumo com neutralidade;
  • Reduzir impostos sobre trabalho e capital;
  • Premiar quem investe, poupa e gera valor.

Isso exige abandonar o viés arrecadatório que vê o setor produtivo como inimigo — e enxergá-lo como alicerce da prosperidade.


3. Redução da burocracia e segurança jurídica

O Brasil precisa de um Estado menos obstrutivo e mais confiável. Para isso:

  • Leis e regulações devem ser simplificadas e claras;
  • O Judiciário precisa agir com previsibilidade e celeridade;
  • Agências reguladoras devem focar em eficiência, não em controle político.

A previsibilidade institucional é o solo onde a produtividade floresce. Sem ela, o investimento recua e a inovação morre no berço.


4. Reforma do Estado: menos máquina, mais serviço

O Estado brasileiro é caro, lento e ineficiente. Para mudar isso, é preciso:

  • Reduzir privilégios e estruturas improdutivas;
  • Focar em funções essenciais: segurança, justiça, infraestrutura básica e educação de base;
  • Transferir responsabilidades ao setor privado sempre que possível.

Produtividade também depende da forma como o Estado consome recursos. Um Estado enxuto e funcional libera espaço para o dinamismo da sociedade.


5. Valorização do mérito e da inovação

Não há produtividade sem incentivo ao mérito. É preciso abandonar a lógica de protecionismo, subsídio e favorecimento político. Em seu lugar, devemos:

  • Estimular a competição empresarial;
  • Facilitar o ambiente para startups e pequenos negócios;
  • Premiar quem investe em tecnologia, educação e produtividade.

Políticas públicas devem criar liberdade, não dependência.


Conclusão

O Brasil tem talento, recursos e potencial. Falta-lhe, no entanto, o ambiente. A produtividade não crescerá por decreto — mas pode florescer se o país escolher romper com a mentalidade estatista e abraçar o mérito, a liberdade e a responsabilidade.

A agenda liberal não é um capricho ideológico. É a única alternativa viável para transformar esforço em resultado, trabalho em riqueza e liberdade em prosperidade duradoura.


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