Home / Geopolítica Econômica / O mundo revida: o contra-ataque ao protecionismo americano

O mundo revida: o contra-ataque ao protecionismo americano

Bandeiras do Canadá e dos Estados Unidos lado a lado, representando tensão econômica e retaliações comerciais no cenário internacional

Com o anúncio das tarifas comerciais mais agressivas dos últimos tempos, os Estados Unidos sob Trump voltam a acionar a engrenagem do protecionismo global. Mas, desta vez, a resposta veio mais rápida do que em outras eras: Canadá, México e China já sinalizaram retaliações diretas, reacendendo um ciclo de desconfiança e barreiras que ameaça o comércio internacional.

O governo canadense, por exemplo, anunciou tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos em resposta imediata. O México e a China também preparam medidas similares, não apenas como retaliação, mas como forma de reposicionamento estratégico em um tabuleiro cada vez mais fragmentado.

O custo invisível da retaliação

O economista Frédéric Bastiat nos lembra que, nas ações do Estado, é preciso olhar não apenas para o que se vê — mas para o que não se vê. O que se vê são medidas “nacionalistas”, que “defendem empregos” e “protegem a indústria local”. O que não se vê é o custo diluído, mas imenso, de cada nova barreira comercial:

  • Aumento de preços para o consumidor
  • Redução da competitividade
  • Erosão da confiança entre parceiros comerciais

Retaliações criam um efeito em cadeia que desorganiza cadeias produtivas, encarece importações e isola economias que, em tese, dependem de abertura para crescer.

Livre mercado: antídoto ou ilusão?

É tentador, em tempos de crise, propor o fechamento como solução. Mas o livre mercado continua sendo a única via sustentável para países que desejam produtividade, inovação e atração de capital. E isso vale tanto para os Estados Unidos quanto para os países que reagem à sua nova postura agressiva.

O Brasil no meio do fogo cruzado

Como parceiro relevante, mas não prioritário, o Brasil pode ser um dos afetados colateralmente. A pior decisão que poderia tomar agora é imitar os EUA e seguir o caminho do protecionismo. Isso apenas reforçaria a instabilidade e afastaria o investimento estrangeiro.


Conclusão

A guerra tarifária que se desenha é menos sobre aço ou carros — e mais sobre poder e medo. Para os que valorizam liberdade econômica e responsabilidade fiscal, o momento exige firmeza: resistir ao canto da sereia do protecionismo e reafirmar os valores do livre comércio, da competição e da integração global.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

✖️

📬 Assine o Radar Econômico

Receba análises econômicas críticas direto no seu e-mail.
Sem spam. Só liberdade.

pt_BRPortuguese