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O Fetiche da Regulação: Como o Estado Sufoca o que Não Consegue Entender

Burocrata caminhando entre papéis e prédios públicos, representando o peso da máquina estatal

Em uma economia livre, a inovação nasce do risco, da experimentação e da ousadia. Em uma economia regulada, ela morre afogada em protocolos, exigências e normativas. O Estado moderno desenvolveu uma obsessão: regular tudo aquilo que escapa ao seu controle — inclusive o que ainda nem existe.

A regulação deixou de ser uma ferramenta para garantir segurança jurídica e virou um instrumento de contenção do imprevisível. O novo, o espontâneo, o descentralizado — tudo isso parece ameaçador para estruturas centralizadoras. Assim, quanto mais algo se mostra promissor, mais rapidamente surgem comissões, conselhos, agências, selos, cadastros e fiscalizações.

Mas o que o Estado não entende, ele não permite. E o que ele não consegue tributar, ele criminaliza.

A narrativa é sempre a mesma: proteger o consumidor, garantir a concorrência, evitar abusos. Mas os verdadeiros efeitos são previsíveis:

  • O pequeno produtor desiste.
  • O empreendedor se informaliza.
  • A inovação é sufocada.
  • O mercado se concentra em poucos gigantes com recursos para navegar a burocracia.

A regulação estatal funciona como uma cerca invisível: quanto mais você tenta se mover livremente, mais se choca com limites arbitrários. E cada nova exigência é vendida como “modernização”, quando na verdade representa um novo laço em torno da autonomia individual.

Não se trata de defender a anarquia ou o caos — mas sim de denunciar que a centralização regulatória é, muitas vezes, apenas um mecanismo de poder. Ela impede que indivíduos criem, que comunidades prosperem e que mercados se autorregulem por meio da reputação, concorrência e livre escolha.

O fetiche da regulação é o reflexo de um Estado que não confia no cidadão.

E o resultado é claro: a criatividade recua, o progresso desacelera e a dependência do governo aumenta. Enquanto isso, as agências reguladoras se expandem — quase sempre capturadas por interesses que deveriam fiscalizar.

Em nome da ordem, sacrificamos a liberdade.
Em nome da proteção, aceitamos o sufocamento.
Mas nenhuma sociedade se torna próspera reprimindo a iniciativa de seus próprios indivíduos.

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