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O Desemprego Como Projeto: Por que o Estado Fabrica Crises para se Manter Necessário

Trabalhadores solitários em silhueta diante de contêineres e máquinas industriais, representando estagnação econômica.

Toda vez que o desemprego cresce, o Estado cresce junto. A ironia é cruel: quanto pior a economia, mais o governo se faz presente. Subitamente surgem planos de auxílio, subsídios, créditos emergenciais, programas de estímulo — tudo apresentado como solução, mas, na verdade, são respostas a problemas criados por ele mesmo.

O Estado moderno aprendeu a se alimentar da crise. Ele não apenas administra as dificuldades: ele as provoca e depois se oferece como único caminho de saída.

Políticas intervencionistas, tributação sufocante, burocracia asfixiante, insegurança jurídica, legislação trabalhista rígida — tudo isso forma o terreno fértil para a estagnação econômica. E quando o mercado não consegue mais absorver mão de obra, o Estado se apresenta como empregador, distribuidor de renda e gestor de “soluções sociais”.

O resultado? Populações dependentes, economia engessada, e um sistema político que transforma o fracasso econômico em capital eleitoral.

O desemprego, nesse cenário, não é um acidente. É um sintoma do modelo que concentra poder nas mãos de quem menos produz. E é justamente por isso que as reformas nunca são profundas, as soluções nunca são duradouras, e os ajustes nunca envolvem cortar privilégios estatais.

Enquanto isso, milhões de brasileiros se veem forçados a aceitar trabalhos informais, subempregos ou bolsas assistencialistas — tudo sob o verniz de “inclusão social”. Mas não há inclusão real onde não há liberdade econômica. E não há liberdade onde tudo depende do favor de algum político.

Em vez de liberar o mercado para gerar empregos reais, o governo cria dependência. Em vez de simplificar, complica. Em vez de confiar no cidadão, tenta controlá-lo. E o desemprego vai sendo tratado como um problema permanente — o que, para o Estado, é uma bênção: uma população economicamente fraca é politicamente manejável.

É hora de dizer o que ninguém quer admitir: o desemprego é funcional para um Estado que quer parecer necessário.

E enquanto ele for tratado como algo inevitável — em vez de consequência direta da intervenção estatal — continuaremos presos ao ciclo da escassez planejada.

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