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Who Regulates the Regulator? The Closed Circle of State Power

Figura autoritária sentada em um trono com símbolos burocráticos, cercada por engrenagens e documentos, representando o poder regulador centralizado.

Dizem que precisamos de agências para fiscalizar o mercado. Mas ninguém parece perguntar: quem fiscaliza as agências?

Neste post, vamos expor como as chamadas “autoridades independentes” do Estado — como agências reguladoras e órgãos técnicos — muitas vezes se tornam instrumentos de poder político, capturados por grupos de interesse e desconectados de qualquer controle real por parte da sociedade.

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O mito da neutralidade regulatória

As agências reguladoras surgiram com a promessa de proteger o consumidor, garantir concorrência justa e evitar abusos.
Na teoria, são organismos “técnicos”, “independentes”, que funcionam como árbitros imparciais entre Estado, mercado e sociedade.

Na prática, porém, muitas vezes essas instituições:

  • Atuam sob influência direta do governo de turno
  • Protegem empresas grandes da concorrência com excesso de regras
  • Viram trampolim político ou cabide de emprego para aliados

Regulador ou gatekeeper?

O problema não está em regular o básico — mas em transformar o regulador em senhor absoluto de setores inteiros da economia.

Quem controla uma agência como a ANVISA, ANEEL, ANATEL ou CADE:

  • Define quem pode operar.
  • Decide o que pode ser vendido.
  • Estabelece as regras do jogo — e muda quando quiser.

E isso cria um paradoxo: quanto maior o poder do regulador, menor a liberdade dos agentes regulados.
O mercado deixa de ser um campo aberto e passa a ser um clube fechado — com regras criadas por quem não joga, mas escolhe quem entra.


A captura regulatória é real

O termo “captura regulatória” descreve exatamente esse fenômeno:
Uma agência que deveria proteger a sociedade passa a servir aos interesses das empresas mais próximas do poder.

  • Bancos que influenciam normas do Banco Central.
  • Planos de saúde que operam sob a sombra da ANS.
  • Grandes empresas de energia que moldam a atuação da ANEEL.
  • Monopólios logísticos protegidos por decisões da ANTT.

Regulação vira privilégio. Concorrência vira exceção.


O custo invisível da burocracia com poder demais

Quanto mais poder se dá ao regulador, mais imprevisível fica o ambiente de negócios.
E isso gera:

  • Menos inovação
  • Menos investimento
  • Menos entrada de novos competidores
  • Mais burocracia
  • Mais custos repassados ao consumidor

O resultado? Um sistema estatal onde ninguém é eleito, mas todos mandam.


E quem regula o regulador?

Essa é a pergunta que quase ninguém faz.

Se o mercado erra, ele é punido pela concorrência, pela falência, pelo consumidor.
Mas quando uma agência erra?

  • Quem responde?
  • Quem paga?
  • Quem demite o “especialista” que paralisou setores inteiros por precaução, ideologia ou conveniência?

Não há voto. Não há mercado. Só permanência.


Conclusão: O poder regulador se tornou um poder político disfarçado de técnico

A expansão das agências reguladoras é o triunfo da tecnocracia: um modelo onde o conhecimento especializado serve como escudo para o poder não eleito.

A regulação deveria ser mínima, transparente e previsível.
Mas no Brasil, ela se tornou instrumento de bloqueio, de privilégio e de controle.

É hora de voltar à pergunta original:

Quem regula o regulador?

E mais importante:

Por que confiamos tanto poder a quem não responde a ninguém?


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