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A inflação é o imposto que ninguém votou — mas todo mundo paga

Ilustração sépia de uma carteira vazia com moedas espalhadas e uma sombra de imposto se projetando ao fundo.

Quando o governo anuncia que a inflação “está sob controle”, você sente isso no seu bolso?
Os preços estão estáveis?
O aluguel parou de subir?
O carrinho de supermercado ficou mais leve ou mais caro?

Não importa o que digam os técnicos — inflação é uma forma silenciosa de roubo institucionalizado.
É o imposto que você paga todos os dias, mesmo sem ter aprovado nada.
E o mais perverso: sem saber para onde foi o dinheiro.


O mito da inflação “natural”

A maior parte das pessoas acredita que inflação é “quando tudo fica mais caro”.
Mas essa é apenas a consequência.

A inflação real começa quando o governo gasta mais do que arrecada — e cobre a diferença com emissão monetária ou dívida.
O Estado aumenta a base monetária, de forma direta ou indireta, e joga mais dinheiro na economia.
Resultado: há mais dinheiro perseguindo os mesmos bens.
Os preços sobem. O seu poder de compra derrete.
E os políticos fingem surpresa.

Mises resumiu isso com precisão:

“O aumento da quantidade de dinheiro não cria riqueza. Apenas redistribui poder de compra — dos últimos para os primeiros.”


Quem lucra com a inflação?

Ao contrário do que muitos pensam, a inflação não atinge todos igualmente.
Ela beneficia quem recebe o novo dinheiro primeiro — grandes bancos, empresas ligadas ao governo, setor público.
Esses agentes conseguem comprar antes que os preços subam.

Já o cidadão comum, o assalariado, o empreendedor que trabalha para manter as contas em dia, recebe por último — com tudo mais caro.

Esse mecanismo é conhecido como efeito Cantillon: uma redistribuição forçada de riqueza, sem transparência, sem debate, sem votação.


Um Estado que gasta e mente

No Brasil, o governo insiste em afirmar que controla a inflação com “políticas fiscais responsáveis”.
Mas veja o que está por trás da cortina:

  • Estatais deficitárias continuam sendo sustentadas.
  • Gastos com salários públicos e subsídios aumentam.
  • O teto de gastos foi desmontado.
  • O Banco Central é pressionado a baixar os juros artificialmente.

Enquanto isso, o IPCA pode até ceder um pouco nos gráficos — mas o arroz, o aluguel, a carne e o remédio continuam subindo.

A inflação não é um problema técnico.
É uma decisão política.


Inflação é funcional para o Estado

Por que os governos adoram a inflação?

Porque é o único imposto que pode ser cobrado sem que você perceba.
Você não vê a fatura.
Você não recebe um boleto.
Mas todo mês, seu salário compra menos.

Rothbard escreveu:

“A inflação é uma forma sutil de confisco. O governo pode tributar as pessoas sem aumentar impostos — basta destruir sua moeda.”


O ciclo de dependência

Quando o dinheiro perde valor, o cidadão perde autonomia.
Ele depende mais do governo, busca mais “auxílios”, aceita mais intervenção.

A inflação não é apenas um fenômeno econômico — é um instrumento de dominação.

E o mais cruel é que os próprios culpados posam de heróis:

  • “Vamos criar um novo programa de combate à pobreza.”
  • “Vamos reajustar o salário mínimo.”
  • “Vamos ampliar os subsídios.”

Mas foi o próprio governo que empobreceu você.


O que você pode fazer?

  1. Compreenda que inflação não é neutra.
  2. Rejeite narrativas que culpam o mercado, os empresários, os supermercados.
  3. Busque ativos de proteção: moedas fortes, commodities, ativos reais.
  4. Exija responsabilidade fiscal — e autonomia real para o Banco Central.
  5. Denuncie a farsa monetária. A moeda fraca é o sintoma de um governo que gasta demais.

🧭 Conclusão

O governo não precisa aumentar impostos para tirar sua renda.
Ele só precisa gastar mais, emitir mais e mentir melhor.

Enquanto você trabalha, o real perde valor.
Enquanto você economiza, o Estado imprime.
E enquanto você tenta entender o que está acontecendo, os mesmos de sempre continuam lucrando.

Inflação não é acidente. É projeto.

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