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O Brasil insiste em fracassar: o ciclo eterno do estatismo

Ilustração sépia mostra o mapa do Brasil com engrenagens emperradas, edifícios públicos em ruínas e uma faixa escrita “progresso” desbotada.

Há um padrão na política econômica brasileira que se repete como tragédia — e depois como paródia. De Getúlio Vargas a Luiz Inácio Lula da Silva, passando por JK, Geisel, Sarney, FHC, Dilma e agora Haddad, o Estado sempre volta ao centro da economia, como se fosse redentor, motor e tutor do progresso. E sempre com os mesmos resultados: gastos descontrolados, inflação persistente, dívida crescente, estagnação produtiva e populismo fiscal.

Mesmo após décadas de tentativas frustradas, o Brasil insiste: quando tudo falha, volte ao intervencionismo.

Leia também: A farsa do real: como destruímos o valor da nossa própria moeda e Subsídios bilionários, inflação popular: a conta (in)visível da “ajuda estatal”.


O retorno do PAC: a velha ilusão do desenvolvimentismo

Em 2024, o governo Lula anunciou a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com obras espalhadas pelo país e foco em “população de baixa renda”. A justificativa? Estimular a economia e melhorar a infraestrutura.

Segundo matéria do G1, o novo PAC pretende retomar obras paradas e iniciar grandes projetos estatais com orçamento público.
Fonte: G1 – Lula prepara obras do PAC com foco em baixa renda

A retórica é a mesma de sempre: “girar a economia”, “criar empregos”, “fazer o Estado investir onde o mercado não quer”. Mas o histórico é claro: as obras atrasam, os gastos estouram, os resultados não aparecem — e a conta recai sobre o pagador de impostos.


Haddad e o fiscalismo de verniz

Enquanto o governo promete responsabilidade fiscal, a prática segue o caminho oposto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se reunido com agências de classificação de risco, prometendo reformas e ajuste — mas os números não sustentam o discurso.

Segundo o Poder360, Haddad reafirmou que “não há mudança de rota nos objetivos da política fiscal”, mesmo diante da piora das metas, da expansão de gastos e da ausência de superávit.
Fonte: Poder360 – Haddad reafirma política fiscal sem mudança de rota

O problema não é o discurso — é a contradição entre a promessa de estabilidade e a prática do expansionismo estatal.


Repetindo os erros do passado — com nomes diferentes

A Revista Oeste resume bem: a agenda econômica do governo Lula repete os erros dos pacotes anteriores — excesso de protagonismo estatal, alívio superficial ao consumo, ausência de reformas estruturais e expansão fiscal.
Fonte: Revista Oeste – Governo Lula repete erros de pacotes anteriores

É o mesmo ciclo:

  1. Estado promete “investir para crescer”;
  2. Cria programas, subsídios e estímulos;
  3. A dívida sobe, a inflação volta, a confiança cai;
  4. E o mercado é acusado de “não colaborar”.

O Estado como fetiche — e não como solução

O Brasil carrega uma tradição estatista enraizada na sua formação política: o Estado como centro de tudo, pai e mãe da economia, grande planejador, grande interventor. Mas na prática, ele é o maior entrave à produtividade, à inovação e à liberdade econômica.

Enquanto países avançam com reformas, privatizações, liberdade de mercado e inovação descentralizada, o Brasil segue crente que o próximo pacote estatal é que “dessa vez vai dar certo”.

Não dá. Nunca deu. Não dará.


A dívida cresce, a produtividade estagna

Com uma carga tributária de mais de 33% do PIB, o Brasil continua a arrecadar muito e gastar mal. A dívida pública ultrapassou 75% do PIB em 2024. E a produtividade do trabalhador brasileiro continua entre as mais baixas do mundo — segundo dados da FGV e do Banco Mundial.

Ou seja: gastamos como país rico, produzimos como país pobre e fingimos que o problema é “falta de investimento público”.


Quando o Estado se torna o próprio problema

O Estado brasileiro está presente onde não deveria estar — controlando preços, inventando regras, manipulando contratos — e ausente onde deveria atuar: segurança, justiça, liberdade contratual.

Ao intervir diretamente na economia, ele gera distorções, cria dependência, suga recursos produtivos e destrói os incentivos que fazem o mercado funcionar.


Por que não aprendemos?

Essa pergunta é o cerne deste texto. Por que o Brasil insiste nas mesmas fórmulas fracassadas? Por que não aprende com seus erros? A resposta é desconfortável, mas necessária:

Porque o estatismo não é erro — é método.

Ele não falha — ele serve interesses. Serve aos que vivem de verbas públicas, aos que dependem de cargos, aos que constroem pontes superfaturadas, aos que lucram com consultorias para programas que nunca saem do papel.

É um sistema fechado em si mesmo, protegido pela ideologia e sustentado pela ignorância econômica.


Conclusão: o futuro sequestrado pelo passado

O Brasil precisa romper o ciclo. O futuro não virá de mais PAC, mais subsídio, mais programa, mais ministério. O futuro virá quando o país entender que o Estado não é motor da economia — é freio.

E enquanto continuarmos recorrendo a ele como solução mágica para todos os problemas, continuaremos presos ao passado — à inflação, à dívida, à estagnação e ao populismo.


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