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O Controle de Preços e a Teimosia Estatal: Por que a Realidade Sempre Vence

Ilustração editorial em sépia com etiquetas de preço caindo de prateleiras vazias.

A história já ensinou. A teoria já comprovou. A prática já escancarou.
E mesmo assim, governos insistem em uma velha fantasia: controlar preços como forma de proteger o povo.

Mas não se trata de proteção. Trata-se de manipulação.
Quando o Estado impõe limites artificiais ao valor dos produtos, ele está, na prática, quebrando o termômetro e fingindo que a febre passou.

O que acontece depois?

  • Desabastecimento
  • Corrupção de mercado
  • Mercado paralelo
  • Queda da qualidade
  • Mais inflação no médio prazo

Países como Argentina, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte e, mais recentemente, o Sri Lanka, ilustram bem o que acontece quando políticos acreditam que decretos valem mais que o equilíbrio entre oferta e demanda.

No Brasil, o debate volta com força. Há quem defenda “congelar preços de alimentos”, “regular preço de aluguéis”, “limitar os lucros de empresas”.
Mas isso não é novidade — é só a teimosia estatal de sempre, travestida de medida popular.

O mercado não é cruel. É um espelho.

Quando o preço de um produto sobe, ele não está sendo “malvado”. Ele está sinalizando escassez. Ele está pedindo uma resposta: produza mais, consuma menos, busque alternativas.
Quando o Estado distorce esse sinal, o resultado é previsível: crise de abastecimento e escassez real.

Basta lembrar o que aconteceu em 1986, com o congelamento de preços no governo Sarney. A “fórmula mágica” durou pouco. Os supermercados esvaziaram. Os fiscais viraram protagonistas. Os empresários esconderam os produtos.
O povo, é claro, ficou sem.

“Controlar preços é como tentar manipular o relógio para impedir que o tempo passe.”
Ludwig von Mises

O populismo gosta de atalhos, mas a economia cobra o pedágio

Hoje, Lula critica os alimentos caros, Trump ameaça controlar os preços de combustíveis. Em diferentes idiomas, o discurso é o mesmo: “vamos proteger o povo do mercado.”
Mas a verdade é outra: quando o mercado é calado, o povo paga — com escassez, filas, e moeda desvalorizada.

O que fazer?

Em vez de controlar preços, o governo deveria:

  • Reduzir impostos sobre produção e consumo
  • Garantir segurança jurídica e liberdade para empreender
  • Estimular concorrência, não sufocar lucros
  • Cortar gastos públicos para não depender da inflação como imposto invisível

Conclusão

Controlar preços não é política pública.
É desespero político disfarçado de solidariedade.
É como pintar uma parede com mofo: bonito por fora, podre por dentro.

O mercado não é perfeito — mas é o único processo capaz de alocar recursos de forma eficiente sem precisar de força ou censura.

Se há um lado da história que sempre perde, é o da arrogância estatal que tenta vencer a realidade pela força. E se há um preço que o povo paga caro, é o da liberdade sufocada por decretos e tabelas.


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